terça-feira, 10 de maio de 2011

"IDÉIAS PARA ACIDENTE-ZERO"

Empresas seriamente preocupadas com performance em segurança geralmente falam sobre uma cultura de acidente-zero. Essas 3 simples palavras tem um peso significativo. De fato, verificamos que é duro para as empresas que tentam envolver-se com qualquer visão de segurança na direção deste objetivo. Ou seja, dizendo que você quer “acidente-zero” não é a mesma coisa que se esteja indo para esse nível de performance.
CONCEITO DE ACIDENTE-ZERO
Primeiro, o que nós entendemos por “acidente-zero”?.
Seria isso ao menos possível? Números não mostram todo o processo. Existem vários exemplos de organizações com baixos índices de acidentes que continuam tendo fatalidades, relatórios de violação de segurança e por aí vai. A minha experiência de como conseguir uma cultura de acidente-zero não tem nada a ver com números ou frequência de acidentes. É muito mais a criação de uma funcionalidade organizacional consistente com excelência em segurança.
Esta série de 4 artigos explora os sentidos e os meios de uma cultura de acidente-zero. Neste primeiro artigo, vamos focar as bases desse processo com uma visão dos elementos fundamentais dessa cultura: a definição comum de acidente-zero e como ele é incorporado pelos líderes da organização na direção de uma performance de segurança.
seguravisoabreCRIANDO UM PERFIL PARA UMA
CULTURA DE ACIDENTE-ZERO
Falando de forma prática, uma cultura de acidente zero não significa “zero acidente”; na verdade, significa criar um ambiente onde acidentes não sejam aceitáveis e onde podemos fazer todo o possível para preveni-los. Isto quer dizer que não iremos para sempre na direção de que nunca mais aconteça acidentes, o que para muitas pessoas é um conceito muito difícil de suportar ou dar cobertura.
O foco está na continuidade e sustentabilidade dos ganhos alcançados.
Uma cultura de zero-acidente pode estar presente se na empresa estão progressivamente aumentando os períodos sem acidente. Por exemplo, em uma organização que tem 45 dias sem acidente pode estabelecer que seu próximo objetivo é ultrapassar os próximos 45 dias sem acidente. Nessas culturas, os líderes comunicam um padrão razoável no qual as pessoas possam ver uma lógica e assim criar um alinhamento para esse objetivo em toda a organização.
Você pode constatar o nível de alinhamento em cima do conceito de acidente-zero simplesmente falando com as pessoas em sua organização; seria a ideia de acidente-zero a expressão de simples palavras ou seria um verdadeiro entendimento do conceito?. E este conceito está sendo espalhado para toda a organização? Mais importante, nós estamos mesmo de acordo com o que nós entendemos sobre o significado de acidente de forma geral?
Tudo bem que para organizações diferentes existem conceitos diferentes para “acidente”. Se minha organização está preocupada com o custo de horas paradas de acidentes, então o foco para “acidente-zero” vai ser em cima dessa variável. Se nós conseguirmos períodos sustentáveis de nenhuma hora-parada e zero-acidente, o próximo objetivo seria logicamente ficar livre de acidentes que requeiram tratamento médico, etc. O importante é que exista de forma clara na organização o que significa o termo “acidente” e qual o nosso objetivo relativamente a melhorar a performance organizacional.
imagesENVOLVENDO-SE COM SEGURANÇA
Uma vez estabelecido um alinhamento, uma cultura de acidente-zero tem que ser monitorada. Os líderes da organização devem direcionar o desenvolvimento de uma cultura e envolver-se com os resultados, sistemas, condições e processos que criarão esses resultados. Os líderes não devem fazer tudo; seu trabalho é assegurar que os mecanismos de segurança estão funcionando de forma a mais completa possível.
Além dos programas tradicionais, o envolvimento com a segurança vai na direção do comprometimento de outros líderes na organização bem como dar atenção a como esse envolvimento chega até a interface de trabalho. Líderes que eles próprios envolvem-se com performance em segurança tambem empregam um foco consistente nos fatores que direcionam o clima de segurança e a cultura organizacional.
sco002-xxx-engUM ROTEIRO PARA ACIDENTE-ZERO
Coletivamente, os elementos abaixo podem ser descritos como um projeto para se construir uma cultura de segurança:
1. Interface de Trabalho – significa a configuração de equipamentos, instrumentos, sistemas e comportamentos que definem a interação do trabalhador com a tecnologia. É nesta configuração onde estão os riscos, e a excelência da segurança está diretamente relacionada à efetividade da organização no controle da exposição a esses riscos;
2. SIstemas de Capacitação de Segurança – são os sistemas ou programas básicos que asseguram adequado funcionamento da segurança. O lider da segurança precisa saber o que são esses sitemas, como eles são auditados e qual a sua efetividade. Mais importante, os lideres precisam ver que a capacitação desses sistemas são partes de um sistema mais amplo e que não se pode confiar só neles para garantir progressos na segurança;
    3. Sistemas de Sustentabilidade Organizacional – são aqueles processos que dão sustentação à capacitação dos sistemas e asseguram a sua efetividade. Eles incluem mecanismos como a seleção e desenvolvimento, gestão de performance, estrutura organizacional, envolvimento dos trabalhadores e outros sistemas de gestão. Líderes efetivos entendem a relação entre a qualidade de seus sistemas de sustentação, seus sistemas de segurança e o que ocorre na interface de trabalho. Por exemplo, estaria a organização de tal forma preparada para dar adequada ênfase à segurança? Será que o sistema de gestão de performance comunica de forma inteligível as questões postas pelos líderes de segurança (não apenas através de indicadores de fatos já ocorridos)?
    4. Cultura Organizacional – relaciona-se aos valores defendidos pela organização, as chamadas “regras não escritas”. Diferente do  -clima-, relacionado à prevalência de influências numa área particular de funcionamento e é suscetível de mudança, culturasignifica algo profundamente enraizado e que persiste ao longo do tempo. Líderes efetivos olham de forma realística a cultura e identifica questões que podem fragilizar os objetivos da segurança. Atributos culturais, como baixa credibilidade, comunicação inadequada ou associada à falta de credibilidade da gestão, podem neutralizar mesmo os melhores sistema de capacitação e sustentabilidade.
    5. Liderança – dirige ambos, a cultura de uma organização e o funcionamento dos sistemas de capacitação e sustentabilidade. Nessa configuração, líderes conseguem ver as coisas certas para serem feitas no sentido de atingir os objetivos e motivar as equipes para cumpri-los de forma efetiva. Lideranças em segurança são exercidas através de tomada de decisões, que está relacionada às crenças dos líderes e pelo exemplo do seu próprio comportamento.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"PROJETO DE LEI DOBRA ESTABILIDADE EM CASOS DE ACIDENTES DO TRABALHO"

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7217/10, da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e outros, que 
dobra o prazo de estabilidade no emprego para trabalhadores vítimas de acidente de trabalho. 
  
O prazo pela legislação atual (Lei 8.213/91) é de 12 meses, contados a partir do fim do período 
a que o trabalhador tem direito ao auxílio-doença.  Pela proposta, o prazo mínimo de 
estabilidade passará a ser de 24 meses após o fim do auxílio-doença. 
A projeto ainda permite ampliação maior do prazo em caso de sequelas permanentes. A 
ampliação será proporcional à gravidade das sequelas, na seguinte escala: 
- 60 meses se 20% da capacidade for comprometida; 
- 72 meses se 30% da capacidade for comprometida; 
- 96 meses se 40% da capacidade for comprometida; e
- por prazo indeterminado se 60% ou mais da capacidade for comprometida. 
Proteção - Os autores justificam que o trabalhador, ao retornar à atividade, após afastamento 
em benefício de auxílio-doença concedido em razão de acidente de trabalho, não se encontra 
totalmente apto a desempenhar todas as suas funções. “A manutenção do contrato de trabalho 
na empresa, por mais de 12 meses, representará uma proteção ao trabalhador”, argumentam. 
Além de Jô Moraes, assinam o projeto os deputados Pepe Vargas (PT-RS), Ricardo Berzoini 
(PT-SP), Roberto Santiago (PV-SP) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). 
Tramitação - O projeto, que tramita apensado ao PL  1780/07, do deputado Daniel Almeida 
(PCdoB-BA), que trata do mesmo tema, será analisado pelas comissões de Trabalho, de 
Administração e Serviço Público; e de Constituição, de Justiça e de Cidadania, antes de ser 
votado pelo Plenário. 

Fonte: Câmara dos Deputados


O que vocês acham disso? deve-se ou não aumentar a estabilidades dos funcionários?

terça-feira, 3 de maio de 2011

RECEBI ESSA MENSAGEM DE UMA COLEGA 
ESPERO QUE SE CONCRETIZE E NÃO SEJA MAIS UMA LADAINHA.


Governo vai criar Política Nacional de Segurança no Trabalho.

  
O governo vai criar a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para diminuir o número de acidentes nas atividades laborais. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a política será instituída por meio de decreto da presidenta Dilma Rousseff.


"O aumento na geração de empregos no país não está acompanhando as medidas de segurança no trabalho e isso é muito preocupante", disse Lupi, durante solenidade na manhã de ontem (28) no auditório do ministério, para lembrar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.


O presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, informou que a corte vai lançar na terça-feira (3) uma campanha para a prevenção e redução dos acidentes do trabalho e da ocorrência de doenças profissionais no país. A campanha vai ser feita com inserções no rádio, TV e na internet. 


Ainda não há dados atualizados sobre o índice de ocorrências em 2010, segundo o presidente do TST. "A precariedade das informações e a demora do conhecimento dos dados impede a implementação de medidas mais eficazes de prevenção."


Dalazan teme que as obras do PAC agravem as estatísticas de acidentes, pois a Construção Civil é o setor campeão de casos, segundo as estatísticas. Em seguida, está o setor elétrico, o metalúrgico e o de transportes. Dados do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2009 demonstram que ocorre em média um acidente de trabalho a cada três minutos. 


No Brasil foram 78.564 acidentes ocorridos no trajeto para o trabalho; 20.756 casos de doenças decorrentes do trabalho; 414.785 acidentes ligados à profissão; Estima-se que cerca de 30% dos acidentes atinjam mãos, dedos e punhos.

"ABNT PUBLICA NORMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL"

A ABNT/CEE-109 (Comissão de Estudo Especial de Segurança e Saúde Ocupacional da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas) aprovou em 1º de dezembro a Norma NBR 18801 
de Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional - Requisitos. A real prevenção de 
acidentes depende de uma gestão eficaz. Uma empresa que não realiza um planejamento das 
políticas e programas de SST, é o mesmo que uma companhia sem um departamento 
administrativo.   
A Comissão de Estudo foi lançada em 2002, reativada em 2008 e contou com o empenho de 
mais de 90 especialistas na confecção do documento. O Inmetro participou das discussões do 
grupo, o que sugere que a NBR poderá tornar-se, na  sequência, certificável. Alguns dos 
referenciais da norma são a normativa internacional OHSAS 18001 (Occupational Health and 
Safety Assessment Series) e as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de SST da OIT 
(Organização Internacional do Trabalho). Entretanto, a primeira NBR vai além e busca levar em 
conta peculiaridades da realidade brasileira e das  micro e pequenas empresas. A norma 
engloba o gerenciamento dos processos em questões de SST, estimulando a melhoria 
contínua das condições de trabalho e contribuindo para a redução de custos, riscos, acidentes 
e doenças ocupacionais. "Será uma ferramenta básica para análise da cultura empresarial e 
terá impactos na questão do FAP, podendo aumentar ou diminuir o seguro acidente do 
trabalho", afirmou o assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho, Domingos Lino. 
"É uma norma técnica nacional que no atual mundo globalizado e competitivo, garante a 
melhoria contínua das condições e ambientes do trabalho, otimiza a eficiência operacional, 
identifica a produtividade, redução de custos e de  riscos acentuados, de acidentes e doenças 
do trabalho, garantindo o gerenciamento integral do processo, pois agrega valor, com 
embasamento humanístico. A norma foi idealizada para ser aplicada pelos diferentes 
segmentos produtivos: micro, pequena, média e grande empresa e levou também em 
consideração as diferenças culturais e conhecimentos técnicos relacionadas a SST, como 
também as dimensões continentais do nosso país", afirmou o coordenador da Comissão de 
Estudos da ABNT, Leonídio Francisco Ribeiro Filho. 



FONTE: REVISTA PROTEÇÃO

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Manifesto do Partido Comunista:pequeníssimo resumo

                      Contendo conceitos extraídos de outras obras
                     de Karl Marx, como "O Capital".
 O Manifesto do Partido Comunista teve sua primeira edição no ano de 1848, em Londres. O texto está, certamente, entre os mais belos produzidos pela humanidade. Ele representou uma bela utopia por muitos perseguida, serviu como base para importantes revoluções socialistas, propondo a união dos trabalhadores, em todas as partes do mundo, em torno de um ideal de igualdade, contra a opressão e por uma vida plena. Com base nos ideais humanitários e igualitários contidos no Manifesto, muitos puseram-se a lutar, muitos perderam de forma heróica suas vidas, alguns não souberam – e isso seria natural – compreender o texto em sua plenitude. De qualquer forma, o mundo não foi o mesmo desde que o Manifesto Comunista foi posto à luz, a contragosto da Burguesia e do Capital, que viram nas idéias de Marx a maior ameaça já direcionada contra o Sistema Capitalista, este que existe, apenas e tão somente, graças à exploração dos trabalhadores. Se o texto é irrepreensível? Teoricamente é provável que não. Seus autores provavelmente não esperavam que o Capitalismo instituído pudesse inventar novos dispositivos que o dariam a longevidade da qual sabemos. Entretanto, a história comprovou o impacto das idéias comunistas. Mesmo que um comunismo tal como preconizado no texto não tenhamos tido a chance de contemplar em larga escala, a força do ideário mobilizou trabalhadores e estudantes em quase todas as partes do mundo, exercendo ainda hoje uma tremenda influência.

Bases
Para Marx e Engels a sociedade capitalista divide-se em classes: de um lado proprietários, latifundiários e burgueses, que detém os meios de produção; do outro lado os trabalhadores e camponeses, que só possuem capacidade de trabalho para vender em toca de salário – este segundo grupo é explorado pelo primeiro. Para os autores do Manifesto Comunista há uma luta entre os dois pólos da sociedade, uma luta de classes.

          “A história de toda a sociedade que existiu até agora
                        é a história da luta de classes”.
Para Marx o conflito e a luta de classes são inevitáveis nas sociedades capitalistas, porque os interesses de trabalhadores e dos capitalistas que são donos dos meios de produção são fundamentalmente divergentes.

A luta de classes é o motor que impulsiona e molda a “mudança social”.

Cidade e campo / O antigo e o novo
Sempre houve exploração, seja na cidade seja no campo. Contudo, antes, nas sociedades predominantemente rurais esta exploração era velada. Porém a burguesia a desnudou, convertendo, claramente, os trabalhadores em operários assalariados.
 Se nas sociedades feudais a revolta se dava numa luta entre camponeses e a nobreza, nas sociedades capitalistas a luta se dá entre os trabalhadores explorados e os empregadores donos do capital e, portanto, donos dos meios de produção.
 A mudança das regras das sociedades capitalistas, segundo Marx, deveria partir dos operários das fábricas, que, organizados, fariam uma revolução socialista.
 A luta entre as classes de trabalhadores contra os proprietários definiria as transformações que deveriam ocorrer.
 Quando as desigualdades sociais fossem suprimidas e a riqueza nacional, produzida coletivamente, fosse capaz de garantir condições dignas de vida a toda a população, estaria alcançado um novo estágio: o comunismo.
 No comunismo não haveria mais classes sociais, nem mesmo o estado seria necessário. Não havendo mais desigualdade estaria aberto o caminho para a existência de uma sociedade livre de qualquer tipo de dominação, opressão e exploração.



Abolição da propriedade
Marx e Engels propõem como modo de reversão desse estado de coisas onde reina a opressão e a exploração a via revolucionária, com a abolição da “sociedade privada”. Na proposta de Marx não haveria mais empresas privadas, os trabalhadores deixariam de ser explorados e não seria praticada a mais-valia (descrita em detalhes em sua obra O Capital). Tudo passaria a ser, após a revolução, propriedade do Estado, que, representando a população, faria a redistribuição de toda a riqueza produzida pela sociedade. Estaria implantado o Socialismo, com os trabalhadores, antes explorados, no poder.
 Algumas medidas apontadas por Marx e Engels que poderiam ser tomadas por uma nação que se propusesse estabelecer uma revolução socialista: extinção da propriedade privada latifundiária, com a transferência da renda da terra para o Estado; abolição dos direitos de herança; controle completo pelo Estado de todo o sistema de transportes; obrigação de trabalhar estendida a todos os cidadãos; educação pública gratuita para todas as crianças; abolição do trabalho infantil nas fábricas.

Enfim
 Marx concebia o Comunismo como resultado inevitável do Socialismo. Após a derrubada do Capitalismo, o Estado governaria em benefício dos trabalhadores.
 Com a passagem do tempo, contudo, o Estado perderia sua razão de ser, uma vez que o controle da vida social estaria cada vez mais concentrado em níveis locais. O Estado então diminuiria gradativamente.
 Sobre a confiança de Marx numa nova era comunista, ele escreveu em seu manifesto:

     “O que a burguesia (...) produz, acima de tudo, é seus próprios    coveiros.  A sua queda e a vitória do proletariado são igualmente   inevitáveis”.


Obs: o texto “original” se encontra no link: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1316373

1° de Maio

   1° de Maio – Dia do Trabalhador. A primeira dúvida que atua no palco do teatro da nossa mente é simultaneamente o título de um livro de Alfredo Boulos Júnior – 1° de Maio- Dia de festa ou de Resistência?
   O diário liberdade diz que no Brasil, a CUT (Central Única dos Trabalhadores, entidade sindical que congrega diversas categorias profissionais) realizou no passado importantes atos de luta em comemoração ao dia Internacional dos Trabalhadores. Contudo, Hoje em dia, se os leitores acessarem o site da CUT nacional, encontrarão um misto de shows e pirotecnia (Técnica de usar o fogo ou os explosivos), e pouquíssimo do que possa nos remontar a um passado de lutas. Ainda afirma que isso procede do fato de que a maioria das direções sindicais equivocadamente abraçaram as decrépitas e debilitadas teses do reformismo.
  Tanto no Brasil como em diversos outros países, o Dia do Trabalhador é comemorado no mesmo dia – 1° de Maio. Mas, por que essa data? E qual a relação que existe entre essa data e o trabalho? Vamos voltar às origens e conhecer a história da circunstância que desencadeou esse feriado dedicado aos trabalhadores a nível mundial.
   História
 As indústrias européias e estadunidenses no final do século 18 e durante o século 19 pagavam salários baixíssimos aos trabalhadores cujas jornadas de trabalha chegavam a 17 horas diárias. É sabido por todos que trabalhar excessivamente causa sérias reações orgânicas – e não deu outra, os ditos cujos foram acometidos por uma deterioração na saúde física e mental, pois não tinham direito a férias, descanso semanal, nem sequer aposentadoria – imagine só!
  Pois bem, devido a essas condições de trabalho subumanas, deflagrou-se uma greve em Chicago no dia 1° de Maio de 1886.  A essa altura, greves explodiam por todo o mundo industrializado. Em Chicago os trabalhadores eram liderados por duas importantes organizações que dirigiam as manifestações em todo o país, elas eram a AFL – Federação Americana do Trabalho e a Knights of Labor – Cavaleiros do Trabalho.                                                 
  No dia 3, permanecendo a greve que iniciara havia dois dias. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, levando seis deles a óbito, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies um dos lideres do movimento convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma. Os oradores se revezavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.                                              
   A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Foram forjadas provas e testemunhas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.
Quase seis anos depois dessa “batalha” em Chicago, no Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi aprovada resolução que tornava o 1º de maio um dia comemorativo de trabalhadores no mundo todo, durante o qual eles deveriam manifestar suas reivindicações
  As primeiras comemorações do Dia do Trabalho nos Estados Unidos eram celebradas pelos sindicatos trabalhistas e apesar de existirem certas especulações sobre quem teria sido o idealizador, a maioria dos historiadores credita a Peter McGuire, secretário geral da Fraternidade dos Carpinteiros e Marceneiros e co-fundador da Federação Americana do Trabalho, a idéia original de um dia dedicado a que os trabalhadores mostrassem sua solidariedade.  
  No Brasil, a primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, mas a data só foi consolidada em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional.
  Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1 de Maio: Na Austrália, Canberra, Nova Gales do Sul, Sydney e na Austrália Meridional esta data de celebração varia de acordo com a região. Estados Unidos da América: Celebram o Labor Day na primeira segunda-feira de Setembro.
   Quer seja em 1° de Maio quer seja em outra data, devemos ser profundamente gratos aos mártires de Chicago, pelas reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Fontes de referencias: wikipedia.org/   http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm

 

domingo, 1 de maio de 2011

Laptoptite – A doença dos laptops

                                     
   Você é daquelas pessoas que se deitam na cama, usa travesseiros e almofadas como encosto e apóia o laptop no colo para digitar a noite inteira? Quer sua resposta seja positiva ou não, preste bem atenção a uma doença pandêmica tecnológica cunhada pertinentemente de “Laptoptite” pelo especialista em reabilitação Kevin Carneiro, da Universidade da Carolina do Norte (EUA). O termo Laptoptite é uma analogia a doenças como a tendinite – para indicar os problemas causados pelo mau uso do aparelho. O formato do aparelho torna inviável a boa postura durante a digitação e pode provocar problemas nos ombros, cotovelos, punhos e na coluna, além de dor de cabeça.
  A diferença entre os Desktops para os Laptops, é que o monitor e teclado do Laptop são conectados a ele, o que provoca incômodos na postura de pescoço e ombros, que obrigatoriamente ficam mais arqueados para uma melhor visualização da tela.
    Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Em 2010 as vendas de laptops superaram pela primeira vez as de desktops - foram vendidos mais de 7 milhões de computadores portáteis. A preferência pelos laptops é impulsionada pela queda nos preços e a facilidade no transporte. Um estudo publicado em fevereiro na revista "Ergonomics" por pesquisadores da Boston University Sargent College, nos EUA, mostrou que usar o laptop por mais de quatro horas por dia já traz riscos de dores e lesões. "O ideal seria usar esse tipo de computador só para emergências e viagens", diz Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP.
  O programa “Hoje Em Dia” apresentado no horário matutino exibido pela TV Record, deu um alerta relacionado à saúde para aqueles que gostam de passar horas e horas digitando no Laptop de qualquer jeito. A reportagem foi feita por Adga Queiroz e o caso exemplificado foi a de uma atual enfermeira, Débora Cristina Martins. Débora usava o computador portátil em qualquer posição, deitada na cama, sentada no sofá, em qualquer lugar. A praticidade e um aparente “conforto” viabilizado pelo aparelho, fez com que Débora jamais se preocupasse com a postura de seu corpo. O surgimento de dores musculares, inicialmente intermitentes (com intervalos) e posteriormente dores constantes foram os resultados de esforço repetitivo e mau postura que levaram a uma Tendinite (Inflamação que ocorre nos tendões). Apesar de fazer várias visitas ao médico, fisioterapia, medicamentos, nada disso solucionou o problema. A tendinite agravou-se e tornou-se um problema ainda mais sério, originando a Síndrome do túnel do carpo.
  A Síndrome do Túnel do Carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido à compressão. Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" entre muitos outros.
 De acordo com o Ortopedista, Luiz Carlos Angelini, passar várias horas no Laptop, pode causar, compressão na região dos nervos cervicais, lesões no ombro, afetando a musculatura que eleva o ombro contra a estrutura óssea, causando uma tendinite, e podendo ter tendinites de repetição na região do punho.
Veja o exemplo a seguir de posições incorretas que podem provocar tensões:


  A vida moderna é caracterizada pela sua praticidade e agilidade de informações úteis, contudo, como a grande maioria de outras coisas, tem seu elevado preço de custo. A ergonomia (Que é: a adaptação da máquina ao homem, visando melhora das condições de trabalho e o conseqüente aumento de produtividade) tem encontrado maneiras de não pagarmos tanto assim!
 A professora Raquel Aparecida Casarotto, explica como podemos utilizar o Laptop por varias horas consecutivas de modo a evitar lesões nas articulações:
1)Conectar a ele um monitor, um teclado e um mouse, ou seja, usar o portátil apenas como CPU. É importante manter os periféricos à sua frente, como quando utiliza um PC normal e não deixar o teclado de lado.

2)Usar um suporte ergonômico para notebook, disponível em diferentes marcas e com faixas de preço entre R$ 40 e R$ 100 —assim, você economiza dinheiro e espaço com um monitor, caso não o tenha. 
Neste caso, também será necessário plugar um teclado e um mouse no portátil (há suportes que vêm com entrada USB para facilitar a conexão dos periféricos).

sexta-feira, 29 de abril de 2011

“Brasil entre os 10 países que mais ocorre acidentes de trabalho"


  De acordo com os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil atualmente é o 4º pais em número de acidentes ocupacionais fatais. Por esta razão, no Dia Nacional de Combate aos Acidentes de Trabalho, sindicalistas e especialistas da área de segurança chamaram a devida atenção para a falta do conhecimento dos Brasileiros sobre esse tema emergente. A Previdência Social calcula que ocorre aproximadamente uma morte a cada 3,5 horas de jornada diária. Os gatos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decorrentes do número faraônico de problemas com acidentes de trabalho já excederam os R$ 14 bilhões por ano.
  Existe ainda outra razão pela qual as empresas devam direcionar sua atenção com esmero a segurança de seus funcionários no ambiente de trabalho, é que a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com 163 ações regressivas, visando o ressarcimento das despesas previdenciárias oriundas de acidentes ocupacionais em empresas que negligenciaram as normas de segurança do trabalho. A expectativa de ressarcimento com as ações é de R$ 39 milhões.
  Para se ter uma idéia, a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na justiça, decisão que obriga uma empresa de supermercados a devolver aos cofres públicos pensão paga pelo Instituto Nacional de seguridade social (INSS) à família de um funcionário que morreu enquanto manuseava um compactador de lixo orgânico mal instalado. Diante da irresponsabilidade que não ofereceu suporte e segurança necessários ao trabalho, o INSS será ressarcido em R$ 655 mil.
  O procurador federal Fabio Munhoz, afirma que a búsilis do problema é o fato que as empresas investem demasiado pouco em segurança no trabalho e equipamentos adequados para garantir a segurança de seus funcionários. “Fazemos o ajuizamento coletivo para chamar a atenção da importância do cumprimento das normas de seguranças”.
  “Quando ocorre o óbito não é cobrado só o que a família recebeu, mas o que ela teria direito nos ganhos desse trabalhador”, diz. “Esse tipo de ação não é barata, custa cerca de R$ 400 mil ao empregador”. Ele ainda complementa dizendo: “Então, é muito mais viável investir para evitar esse tipo de situação”.
Opinião do Sindicato:
   O sindicato diz que a ausência de treinamento nas empresas é o Motivo-Chave do problema. Quando o assunto é a redução de acidentes, os sindicalistas se apegam ao argumento de que as longas jornadas de trabalho são inversamente desproporcionais ao tempo gasto com treinamentos sobre o uso do maquinário. As conseqüências por essa falta de treinamento podem ser exemplificadas pelas ocorrências de acidentes no Grande ABC Paulista (Região Tradicionalmente Industrial do Estado de São Paulo) devido à constante troca de funcionários numa mesma função – sem treinamento.
  O presidente do sindicato dos metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha diz: “Eles chegam sem conhecer a função, sem ter treinamento para operar a máquina e acabam sofrendo acidentes graves, que resultam até na perda de membros. Temos discutido muito isso com as empresas”. Ele acrescenta “Temos também orientado melhor os profissionais responsáveis pela segurança. Afinal, eles fazem a diferença na hora que algo errado acontece”.


Fonte: Diário do grande ABC.
Noticia divulgada no dia 2904/2011